Sexta-feira, 19 de Dez de 2025

Decisão de Barroso na prática antecipa julgamento de mérito sugerindo que a Wanderlei seria mais producente a renúncia a ficar balançando nas redes "pra lá e pra cá"

11/10/2025 757 visualizações

Se a maioria parlamentar não o faz, as circunstâncias tendem a impor a renúncia de Wanderlei Barbosa ao cargo.

A decisão do ministro Luis Roberto Barroso (STF) é quase uma antecipação de mérito sobre o inquérito que investiga o governador afastado.

Wanderlei tem recursos, mas os prazos eleitorais não lhes dão tanta folga. E na proporção em que o inquérito avança, sua mobilidade é reduzida.

É uma situação em que o repouso inercial não é producente. Pode ter dificuldades de compreensão porque sempre foi mais mercurial do que estrategista.

Ambas as maiorias (parlamentar e aprovação popular) são voláteis. Tal o poder político.

O presidente do Legislativo, Amélio Cayres, disse ao blog na sexta que não há qualquer pressão dos deputados pelo impeachment de Wanderlei.

E deve ser verdade. Metade dos deputados também é investigada. Em Mauro Carlesse também ocorreu o mesmo. Mas ao final, a unanimidade optou pela pressão popular.

Ademais, se há um mês Wanderlei protagonizava sua sucessão, hoje teria dificuldade para entrar na chapa de Dorinha/Eduardo Gomes/Carlos Gaguim.

Uma renúncia o quanto antes afastaria a possibilidade da inelegibilidade já solicitada pelo PSB.

Sob a argumentação de que apenas o protocolo do pedido no Legislativo já caracterizaria motivo para que a renúncia atraísse a inelegibilidade.

E o governador afastado não poder disputar eleições no próximo ano. Um desperdício de aprovação popular.

Mas como Wanderlei já disse que não iria disputar nada em 2026, pode estar seguindo o projeto.

E aí uma decisão estritamente pessoal que ninguém tem nada com isto.

É bem melhor deitar na rede no vão do Taquaruçu.

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