Não há muita lógica nas ações parlamentares e governamentais.
Hoje o Executivo pode anunciar a decisão de encaminhar MP do teto único.
Diferente do acordo combinado (100% em janeiro), a PEC deve instituir duas parcelas: 85% para abril e o restante para junho de 2026. Ou seja: só em junho que o governo não mais se apropriará dos salários.
Explicação: o governo não poderia fazê-lo conforme o acordo porque aumentaria as despesas.
Uma mentira, claro, porque os salários são contabilizados no valor bruto sem a apropriação.
E para carimbar que sua preocupação não é com despesas, o governo autorizou, no embalo, um reajuste real de 7% para os policiais civis.
Como esse reajuste não interfere no Plano de Cargos e Salários, não implicará, portanto, no reajuste das contribuições ao Igeprev.
De outro modo: deixar de apropriar-se dos salários (que não é despesa) virou despesas.
E novas despesas que são novas despesas vão criar outras novas despesas para o Igeprev nas aposentadorias. Sem novas receitas.



