Sexta-feira, 19 de Dez de 2025

Wanderlei decide piscar para abismo: acelera gastos com salários que elevaram 77% em 4 anos contra 55% de aumento de receitas e inflação de 23%. Não pode ser bom para Estado

16/12/2025 1192 visualizações

Como prometera, o governador Wanderlei Barbosa dá indícios de querer manter a aceleração de gastos que levou o Estado a cair para a letra C na Capag (prévia de agosto).

Na mesma semana em que vai aos Ministérios pedir R$ 400 milhões para “expandir” os atendimentos na Saúde (a Secretaria deve meio bilhão de reais a fornecedores/prestadores de serviço), retroage um mês – de dezembro para outubro  de 2025 - a implementação financeira do PCCR da Educação (custo adicional mensal de R$ 7,015 milhões).

Concede, ainda, reajuste linear de 7% na Polícia Civil e decide atrasar para abril/junho a implementação da PEC do teto único (que suspende a apropriação dos salários de parcela do funcionalismo).

Conforme a Secad, uma apropriação salarial ilegítima (salários já contabilizados nos contracheques) de R$ 8,4 milhões que o governo trata como despesa suspender o desconto.

Para se ter noção da biruta política da administração: de 2021 a 2025 (até o 5º bimestre), o governo aumentou as despesas de pessoal em 77,5%.

Fechou 2021 gastando R$ 4,051 bilhões e projeta (parecer da Secretaria Administração) encerrar 2025 consumindo R$ 7,194 bilhões. Ou: R$ 3,143 bilhões a mais. A inflação no período é de 23,27%.

Os números contrastam com as receitas.  A RCL de 2021 foi de R$ 10,052 bilhões e a previsão de fechamento em 2025 é de R$ 15,605 bilhões. Ou: R$ 5,553 bilhões a mais. Um crescimento de 55,24%.

Disto se tem que as despesas com salários aumentaram 40,2% acima do crescimento das receitas. Receitas que, como se vê, apresentaram um crescimento extraordinário no período de 31,97% reais (descontada a inflação).

Agora a contradição: os investimentos (obras e equipamentos) no serviço público (empenhadas)  despencaram de R$ 820 milhões (2021) para R$ 628 milhões (2025). Uma queda de 20,9%.

Apesar dos empréstimos  para obras feitos pelo governo na casa de R$ 1,4 bilhão só no BB e BRB no período.

Como já apontei: Wanderlei ganhou nova oportunidade de fazer diferente. Retomar a linha dos primeiros anos de seu governo. As eleições parecem-no fazer piscar para o abismo.

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